É sempre muito difícil falar de um lugar quando me apaixono profundamente por ele. Fico medindo as palavras, sabe? Com medo de ser tendenciosa ou parecer que estou ‘floreando’ uma história. Eu me surpreendi com Florença. E muito! Impossível explicar a ‘vibe’ que a capital da Região da Toscana tem mesmo no inverno e o quanto me senti em casa. Parecia que já vivia lá há tempos.
A verdade é que bastou botar os pés da estação de trem para entender porque os olhos da minha concunhada sempre brilham ao falar da época em que ela morou aqui. Paramos no saguão da estação e olhávamos o mapa da cidade para nos localizar quando um gentil taxista veio oferecer seus serviços.
Explicamos que tínhamos alugado um carro e o pegaríamos ali perto e curioso perguntou de qual estado do Brasil éramos. Eu e Eberson respondemos que somos de Mato Grosso do Sul, enquanto o casal de amigos que nos acompanhou na viagem respondeu mora em Mato Grosso. Para a nosso espanto o taxista não só sabia que o Pantanal ficava nos dois estados como também sabia diferenciar os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e inclusive falou as capitais corretamente – coisa que até hoje muitos brasileiros (e telejornais) não conseguem – #ChupaMundo #ChupaRedeGlobo.
Em tempo: Firenze não é uma cidade que precisa pegar um carro para se locomover. Há trem e ônibus, além de conseguir fazer muita coisa a pé. Alugamos o carro pois usamos a cidade como base para fazer viagens bate-volta para muitos pontos da Toscana.
Depois dessa grata surpresa, pegamos nosso carro e seguimos para o hotel. Nossa primeira não parada não poderia ser diferente: a histórica Ponte Vecchio. 
Inicialmente construída em madeira, os pesquisadores afirmam que ela foi erguida ainda durante o Império Romano. Mas foi após uma grande enchente que a derrubou queem 1345 ela foi reconstruída tal como está: com seus três grandes arcos sobre o Rio Arno na parte inferior e dezenas de lojas e joalherias na parte superior.
Uma coisa legal que nos contaram lá, é que muitas dessas pequenas lojas pertencem aos mesmos donos há séculos. São mais de 600 anos de história que transformaram a ponte em um dos cartões postais da cidade.
Essa ponte dividiu opiniões em nosso grupo: uns gostaram e outros não viram ‘muita graça’ (palavras deles). Eu gostei. Achei a arquitetura fantástica, a iluminação durante a noite é bacana e gostei muito da ideia das lojas que funcionam ao longo da ponte. Apesar de ter gostado, concordo que não é um lugar do tipo “Unânime” e só indo mesmo para saber se você vai gostar ou não.
Ponte Vecchio vista da Piazzale Michelangelo
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