Em novembro de 2012 fizemos uma trip pela Europa. A idéia era simples: 13 dias de diversão entre amigos. Estávamos em três pessoas e quem me conhece sabe o quanto gosto de tudo planejado para evitar mais imprevistos do que o normal (porque meu caro, esse blog não tem esse nome à toa).
Sou do tipo que antes da viagem já tem passagens compradas e até hotéis reservados (sem contar que até chegar nessa fase já olhei mil vezes a distância entre hotel, o aeroporto e os principais pontos turísticos).
Eu, o marido e um amigo estávamos na estação de trem e o planejamento era o seguinte: desembarcamos em Londres, seguiríamos de Londres para Bruxelas e depois de alguns dias voltaríamos para conhecer a cidade londrina de verdade. Quando fomos comprar as passagens de ida e volta, a moça do guichê nos avisou que não conseguia emitir o bilhete de volta, pois ela conseguia reservar o assento mas não imprimia o voucher. Com isso, pensamos o óbvio: “ah, chegando na estação de Bruxelas a gente compra a volta”. Ledo engano!
Depois de algumas horinhas de trem chegamos na Midi Station. De cara fomos comprar as passagens de volta e descobrimos porque não foi possível comprar o bilhete ainda em Londres. O motivo era que no dia 14 de novembro (data da nossa volta) haveria uma GREVE GERAL! Sim meus amigos, europeu também faz greve! E quando faz deixa a Europa INTEIRA sem transporte (a greve valia para trem e ônibus)!
Legal né? Mas não pra gente, que tinha hotel reservado e um planejamento a seguir. O jeito foi comprar a passagem para um dia depois do que havíamos imaginado. Com isso, teríamos que reservar uma diária a mais em Bruxelas e para piorar, o hotel em que estávamos já estava lotado para o dia 14.
Decidimos seguir em frente com a viagem, alugamos um carro e fomos viver a alegre vida do viajante e percorrer várias cidades e países ali da região. Os dias passaram e de vez em quando, eu, a louca da passagem, lembrava: “gente, temos que ver hotel em Bruxelas, temos um dia a mais lá e não temos hotel”. Meus companheiros de viagem riam, diziam que veriam isso depois e tomavam mais um gole de cerveja.
Mais dias se passaram novamente e quando estávamos voltando da última cidade da viagem foi aquele corre-corre para encontrar hotel bom e barato . E é claro que NÃO encontramos. Depois de muito procurar, ficamos em um hotel sujo, numa rua suja, escura e cheia de lugares abandonados. Mesmo com isso tudo, deu certo. No dia seguinte embarcamos, mas perdemos um precioso dia de passeio em Londres.
Desta vez, o erro não foi necessariamente nosso, afinal não tínhamos como conter uma greve. Mas ficou a lição de planejar as viagens entre um país e outro (por mais perto que sejam) com um pouco de folga pois contratempos existem.