Nunca consegui escrever sobre o Camboja. Não sei ao certo os motivos, mas algo me bloqueava e esse post está saindo um ano após eu ter estado por lá. Antes mesmo de começar preciso deixar claro que tenho um amor enorme por este lugar que é muito especial e já peço desculpas antecipadas pelos clichês que usarei no texto, mas simplesmente não há como fugir deles quando se fala desse país.
Desembarcamos em Siem Reap em Janeiro de 2014, já era noite e logo fomos recebidos pelo nosso guia. Acho importante contratar um guia local em lugares históricos. Só assim temos a real importância e essência de cada povo.
No outro dia bem cedo seguimos rumo ao complexo onde ficam os templos de Angkor, uma espécie de sítio arqueológico (você pode entender melhor vendo o mapa acima).
Esta área é gigantesca e é humanamente impossível conhecer todos os templos em um único dia. E é exatamente por isso que as entradas do parque podem valer por um ou mais dias.
As distâncias entre os monumentos são muito longas, por isso alugue uma bike, pegue um taxi, contrate um tuktuk pelo dia todo (cerca de 5 dólares o dia) ou um guia da região, mas não invente de tentar fazer a visita caminhando. Sério!
Para o texto não ficar muito grande vou dividir os posts por templo, assim fica mais organizado. E começo de cara pelo Ta Prohm, um escândalo de lugar e que foi deixado exatamente como foi reencontrado: cheio de árvores e raízes pelas paredes.
Ver de perto aquelas árvores enraizadas nas pedras é algo sensacional e transforma o templo em um dos lugares mais surreais que já vi.
História
Não dá para falar em uma construção do final do século XII sem contar um pouco de sua história, por isso vou explicar um pouco sobre o templo.
Rajavihara é o nome verdadeiro deste lugar. Ta Prohm é apenas o nome atual e mais popular. O templo foi inicialmente construído para funcionar como monastério e também como universidade durante o império Khmer.
Quando o império caiu a região inteira ficou abandonada durante centenas de anos e com isso a selva tomou conta das construções. As árvores foram invadindo os templos e se enraizando nas paredes de pedra. Quando os templos foram “redescobertos” um amplo projeto de restauração foi feito para todos eles, mas decidiram deixar o Ta Prohm como foi encontrado. O que foi uma ótima ideia.
O templo
PQP! Que lugar surreal. Como já disse no início do texto, não sei falar dele sem ser clichê, mas vou tentar. É claro que eu já tinha visto fotos e vídeos durante a pesquisa para montar o roteiro da viagem. É claro que já assisti Tomb Raider. É claro que eu sabia que o lugar é bonito, mas quando cheguei lá, depois dos palavrões só conseguia repetir a frase: “meu Deus, que lugar é esse”? Eu mal sabia que iria passar por isso em TODOS os templos de Siem Reap! Sério!
Conforme fui andando pelos corredores e salas do templo fui imaginando como era o dia a dia das pessoas que frequentavam esse espaço ainda durante o império Khmer. Na riqueza de detalhes que os artesãos foram capazes de colocar em cada pedaço de pedra….
Enfim, fiquei em um estado tão contemplativo que só vendo as fotos depois foi que me dei conta da quantidade de turistas que estavam lá naquele dia. Acho que me concentrei tanto nas árvores, nas raízes e nos detalhes que “apaguei” as outras pessoas.
Preços e onde se hospedar
Há uma espécie de “passaporte” – com sua foto e tudo – que você precisa comprar para entrar no complexo. Essa entrada pode ser adquirida na hora mesmo e para ter duração de um dia custa 20 dólares e para 3 dias 40. Lembrando que esse “parque” é gigantesco, então a melhor coisa é comprar para os três dias. Cada centavo gasto para conhecer esses templos vale a pena.
Importante: guarde a entrada como se fosse sua vida, rs, pois é necessário para entrar em vários templos e para entrar novamente no complexo caso compre para mais de um dia.
Ficamos hospedados no Tara Ankor Hotel (isso não é publi). Ele meio que segue os padrões americanos, é um ótimo hotel, mas o escolhemos simplesmente porque ele fica menos de 5 minutos distante dos templos. É uma boa alternativa para quem está disposto a andar ou alugar tuk-tuk para ir até o centrinho. Siam Reap tem outros ótimos hoteis, hosteis e pousadas. Tem para todos os gostos e bolsos.
É isso pessoal! Não se esqueçam de comentar os posts, isso ajuda o blog a ganhar vida, me orienta sobre as preferências de vocês e me estimula, pois a cada comentário fico muito feliz! Você também pode acompanhar a gente no Facebook e Instagram.
Sensacional. Sério cara, fico imaginando a energia desse lugar.
Ents enraizados em Templos!
Lindo♡♡♡.
Parabéns Iara!!!